O exame de liquorcefalorraquidiano é a analise desse liquido que permeia e protege o sistema nervoso central. Por ser produzido dentro do sistema nervoso central e estar intimamente relacionado a ele, sofre alterações em diversas patologias neurológicas, como infecções, inflamações, vasculares e neoplasias, sendo utilizado no diagnostico e avaliação evolutiva de algumas doenças. É indicado em suspeita de meningite, esclerose múltipla, leucemias, neurosarcoidose, doenças prionicas, paraparesia espastica tropical, e síndromes demenciais entre outras.

Como é feito
O exame é coletado através da punção com agulha do espaço subaracnóideo na região lombar (nas costas) e menos frequentemente na região occipital, como se coletasse sangue, com uma agulha.

O exame é realizado por um médico. Ao chegar na sala de exame, o paciente deita em uma maca e é posicionado em decúbito lateral tipo fetal (de lado com os joelhos fletidos até o tórax, e cabeça flexionada), sem a camisa ou com a mesma levantada, e a calça abaixo do nível do quadril. Realiza-se a assepsia com solução apropriada. Realiza antissepsia cobrindo o local com campo estéril. Pode ou não realizar anestesia local, em seguida punciona o espaço liquorico, e aguarda o liquor sair, coletando quantidade suficiente para ser examinado.

Não deve ser realizado se houver sinais de infecção no trajeto da punção, ou sinais de hipertensão intracraniana.
A complicação mais frequente é o sangramento discreto, normalmente sem repercussão clinica. A cefaleia pos punção pode ocorrer em 30% dos pacientes, normalmente resolvida com medidas clinicas.

Orientações para fazer o exame
Não necessita jejum. Recomenda-se alimentação leve pouco antes de coletar o exame.
Utilizar calça e camisa de fácil remoção, evitar vestidos e usar roupa intima adequada
Necessita ficar em repouso por 2 horas apos a coleta do exame